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sábado, 21 de dezembro de 2013

FESTINHA INFANTIL: SIMPLES E DIVERTIDO!

Alguns meses atrás, li sobre as impressões de um francês que morava no Brasil, sobre algumas peculiaridades da cultura local e dentre o que foi dito pelo gringo, concordo demais com uma colocação que diz mais ou menos assim: no Brasil, se você for convidado para uma aniversário de criança, cuidado para não confundir com a coroação de uma rei!

Confesso que sempre achei over as festinhas infantis daqui. O que é para ser natural e divertido, acaba tornando-se estressante e cansativo [até para a criança]. Na minha opinião, a proposta de uma festinha infantil deve ser leve e estar de acordo com a idade das crianças [aniversariante e convidados].  Ou seja, não da para fazer festa de arromba varando a madrugada para uma criança de poucos anos!!!


Outra coisas que, eu não gosto é de fazer festinha em buffet e com cerimonialista [over além da conta]. Acho que se tem um local em casa, os pais devem investir nesse local, e, aproveitar para se divertir um pouco organizando a festinha das crias [afinal os pais conhecem os filhos melhor que ninguém].





 Claro, que ninguém é obrigado a decorar bolo, fazer docinhos e costurar lembrancinhas - algumas coisas tem mesmo que ser terceirizadas, mas esquecendo a ideia de "coroação de um rei", "banquetes" e etc. qualquer pessoa é capaz de dar seu toque pessoal, organizando uma festinha nota dez e ainda ter bons momentos de diversão ao lado dos filhotes.






Bom, mas pra que tanto bla-bla-blá? É que ontem estava vendo as fotos do aniversário de três aninhos de Júlia e pensando como foi divertido fazer esse encontro de amigos e comemorar essa data - sem nenhuma decoradora-cerimonialista chata dando palpites [assim como foi a outra festinha de quatro aninhos]. E no final, embora as duas festinhas, pela presença dos amigos queridos, tenham sido muito gratificantes, achei que o clima-decoração-diversão, ficou muito mais leve na primeira do que na segunda.






Bom, no final vale mesmo é ter bom senso! Crianças não sabem se a decoração é a "da moda" ou não, eles querem se divertir, comer doces e ficar ao lado de quem amam, então, vamos ao supra sumo do que eu pude aprender com minha experiência de 4 anos de festinhas:

- Respeitar clima e horário: não adianta fazer uma festa linda e ao ar livre se está muito quente ou chovendo;
- Respeitar os horários das crianças, especialmente os horários do aniversariante: por exemplo se ele dorme cedo, não adianta fazer uma festinha que tenha início às 19h, pode alterar para uma lanche à tarde ou um brunch;
- Comidas e bebidas voltadas ao público infantil - pais e/ou responsáveis são acompanhantes!!!
- Se os pais do aniversariantes não têm o dom de fazer brincadeiras e animar, vale investir em animadores/palhaços/mágicos/teatro/fantoches e etc. Isso sim faz a alegria da criançada!
- Decoração boa é a que você se diverte fazendo, que é adequada ao público infantil e, especialmente do gosto do aniversariante.

E, por fim, deixo umas imagens para inspirar àqueles que curtem e desejam fazer uma festinha com o tema O Mágico de Oz!!!













sexta-feira, 15 de novembro de 2013

SÃO JOÃO 2013: Meninazinha Bonita ou Meninazinha Xique Xique?

Eu estava aqui vendo nossas fotos e achei umas do São João de 2013. Estávamos em Teresina [na casa de minha mãe] e, estando no nordeste é impossível, não se deixar contagiar pela energia que invade essa região nessa época do ano: é tempo de festejar Santo Antônio, São João e São Pedro e reverenciar a linda e rica cultura nordestina!!!

Ponte Estaiada -Teresina-PI


Para as moçoilas casamenteiras é tempo da novena de Santo Antônio - o santo garante que moça alguma fique no carito; para os rapazes valentões é época de mostrar seu arsenal bélico, também conhecido como fogos de artifício; para todos é época de dançar quadrilha, fazer o caminho da roça, ir para as quermesses... enfim divertir-se pra valer!!!

Porém, em junho de 2013 resolvi incrementar um pouco essa época, mostrando para a Júlia um pouco da nossa cultura e fiz isso através de dois contos: a história de Maria Bonita e a estória de Severina Chique Chique. Eu contei as respectivas história e estória adicionando tons lúdicos e ela ficou encantada!

Mas a brincadeira começou muito antes com nossa ida ao Mercado Central de Teresina para comprar todo artefato necessário. Ficamos surpresas com a riqueza de produtos oferecidas naquele mercado, uma artesanato rico culturalmente, expressão dos nossos costumes e tradições. O passeio ao mercado em si, foi motivo para muitas curiosidades e explicações - ora dadas por mim, ora pelos vendedores e populares lá presentes.

Chegando em casa era hora de contar estórias, ouvir música e encarnar os personagens. A meninazinha amou e tenho certeza que as meninazinhas e meninozinhos do Brasil também iriam amar conhecer melhor esses contos e transformá-los em brincadeiras.

Meninazinha Bonita e Meninazinha Chique Chique.



E para finalizar que tal cantarolar uma homenagem a Severina Chique Chique? Até a próxima!!!


Severina Xique-xique


Genival Lacerda

Quem não conhece Severina Xique-xique,
que montou uma butique para vida melhorar.
Pedro Caroço, filho de Zéfa Gamela,
passa o dia na esquina fazendo aceno para ela.
Ele tá de olho é na butique dela!
Ele tá de olho é na butique dela!
Antigamente Severina,
coitadinha, era muito pobrezinha,
ninguém quis lhe namorar.
Mas hoje em dia só porque tem uma butique,
pensando em lhe dar trambique,
Pedro quer lhe paqueirar, haih.
A severina não dá confiança, Pedro,
eu acho que'la tem medo de perder o que arranjou.
Pedro Caroço é insistente, não desiste,
na vontade ele persiste, finge que se apaixonou, haih.
Severina, minha filha não vai na onda de Pedro.
Olha! ele só tem interesse em você, sabe porque?
Por que você tem uma botique, minha filha!
Agora você querendo um sócio, olha aqui seu Babá.
Hahahahai... passa lá Severina! Lá ta tão bonzinho agora!
Oh meu Deus, xau!.
O Severina, como é? Resolve minha filha!
Se quiser, psiu, passa lá! Hahai...
Ai Jesus, olha se tu não vier já tem uma loira!
Dona Graça ta lá! hiheiiehee ai, xau!.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

LORD E EU: Uma História de Respeito e Amizade

Quem tem animais de estimação, bem sabe os sentimentos íntegros e genuínos que essas criaturinhas são capazes de nos ensinar... eu sei muito bem, pois ao longo de minha vida aprendi que quando eu era mal criada e ficava de castigo, poderia até parecer que ninguém estava ao meu lado, mas tinha um certo cachorrinho que corria para o meu lado e escutava o meu choro e minhas lamentações "infantilmente infundadas", mas concordando com tudo! Mais tarde eu descobri que nenhuma amigo pode ser substituido por outro. Quando meu fiel companheiro, Sheique, desapareceu da minha casa e meus pais [com as melhores intenções] tentaram substituí-lo por uma cachorrinha, muito parecida fisicamente, eu até imaginei que tudo seria igual, mas logo vi que não. Depois vieram outros: Lobão, meu companheiro de brincadeiras; Rex, meu defensor; Rintintim, meu amigo atrapalhado; Susi, Sherlock e Sharlom, Nicole, amor sem fim, dedicação, cuidado e alegria.



Enfim, muitos outros passaram por minha vida e por fim Tifany e Lord, as duas crianças da casa. Duas, até a chegada de uma terceira, a meninazinha... e quanta surpresas essas duas pecinhas nos pregaram, sempre desajeitados e trapalhões, pareciam andar pisando em ovos quando perto do bebê que tinha chegado - sabiam, eles a necessidade de tanta delicadeza? Sedendo, espontaneamente, espaços e brinquedos antes ocupados e usados somente por ele - quem diria que a bravinha Tifany Deixaria alguém tirar da sua boca seu brinquedo favorito? E quem diria que o rei do quarto Amarelo Lord deixaria seu quartinho para a princesinha que chegava, alegrando-se mais em observar seu sono por horas a fio e alertar a casa quando ela chorava [nem precisei de babá eletrônica]. E com o tempo a dedicação e vontade de estar juntos só crescia: aprendendo a sentar, aprendendo a andar, nas brincadeiras, despertando cuidados, sendo companheiro, ensinando que nem sempre o amigo pode estar disponível, ensinando o que é saudade e, especialmente a alegria do reencontro.




Assim como aconteceu comigo, Júlia teve o prazer de conhecer as alegrias e dores desse amor, logo, com menos que 2 aninhos, ela teve que se despedir da Tifany, mas até hoje não a esqueceu e vez ou outra lembra com alegria os momentos que passaram juntas, como quando ela, mesmo tão pequena, ajudava a levar a Titi para fazer xixi no jardim, e diz orgulhosa "eu cuidava da Titi" - é que a Tifany, já doentinha, precisava de ajuda para conseguir chegar ao jardim. Mas a jornada continuou e continua até hoje com o seu melhor amigo Lord - brincando ou brigando, acertando ou errando, o que importa é que os dois se adoram, como dois verdadeiros amigos e além de todo aprendizado psicomotor e motivacional que essa amizade trouxe para a meninazinha, o mais importante foi o desenvolvimento das competências necessárias para o desenvolvimento e manutenção de uma grande amizade: tolerância, companheirismo, admiração, generosidade, desprendimento e acima de tudo a capacidade de amar!!!



quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Pós-parto e autoimagem: será que eu sou normal?

É meio clichê e parece demagogia dizer que, quando fui mãe, eu senti um milhão de emoções, mas é a verdade! Senti alegria, realização, orgulho, medo, angustia, tristeza, raiva.. e muitos outros sentimentos que eu nem saberia nomear. Claro, o fato de a gente sentir que pode fazer outra pessoa, mexe muito com a gente; de que essa pessoinha é um pedaço de nós, de que a partir de agora você terá essa responsabilidade e esse prazer; que você tem que abdicar ou adiar de coisas que pareciam básicas [como dormir] ou mais complexas [como um plano de estudo]... isso tudo mexe muito com a gente, porém existe um elemento que não deveria ter mexido tanto e que para mim foi complicado: o corpo!

Não é exagero dizer que quando saí da maternidade me senti meio "estranha" com aquela barriga enorme. Mas como assim? Se até dois dias atrás eu tinha um bebê dentro da barriga, como eu achava que ia sair de lá? Bom, aí é que tá.. eu achava que ia sair como as "celebridades" fazem questão de se mostrar: magras, sem barriga e lindas! Não bastasse essa distorção no conceito de imagem corporal produzida pela mídia e absorvida por boa parte das pessoas - inclusive por mim; eu ainda tive que enfrentar comentários tipo "nossa como sua barriga está grande", "a barriga da minha prima não ficou assim", "você viu como está a barriga da Claudia Leite?" e etc...

Bom, não preciso falar sobre os aspectos fúteis da cultura pop amplamente divulgada e valorizada pelas massas; nem de como a mídia manipula esses aspectos favorecendo-se da perpetuação da ignorância popular; mas quero expor que a ampla divulgação dessa cultura, ainda que não influencie diretamente até as pessoas um pouquinho mais informadas, consegue atingi-las indiretamente, através dos padrões de estética e comportamento implantados, seguidos e tidos como corretos e únicos.

Claro que não muito tarde [poucos meses depois], fui imersa por tantas questões mais relevantes [como a minha saúde e a da minha filha] que antes que eu percebesse, essa preocupação já havia se dissipado. Porém, ela deixou marcas, e as mais profundas, me remetem a um sentimento de que eu não curti os primeiros meses do pós-parto assim como eu [e minha filha] merecíamos e deveríamos, pois sofri com mudanças de humor em virtude dos hormônios (claro), mas também em virtude da minha autopercepção - aspecto que foi muito intenso e reforçado por pessoas, inclusive por pessoas próximas [esclarecidas, intelectualizadas e etc].

Por fim, vou deixar claro, que não sou nenhuma "maria vai com as outras fazer quadradinho de quatro", mas também não sou nenhuma "santa inquisição personificada", só sou apenas uma pessoa normal, que estuda, trabalha, vai à feira e ao shopping, escuta, vê, fala e sente. Não sou contra uma coisa e a favor de outra, ao contrário, sou a favor de tudo, de toda forma de expressão artística e publicitária mas que seja feita com mediação, favorecendo a diversidade [meeeesssssmoooo] e a exposição de forma ética e verdadeira.


E para fechar esse post, eu não poderia deixar de comentar a foto que o ilustra e deixar algumas dicas:

Na foto, a Princesa Kate, linda, ética, consciente, enfim um modelo real, mostrando coisas da vida normal.

Quanto às dicas referem à tópicos pesquisados por mim e que servem de apoio para grávidas e mamães recentes garantirem uma boa saúde para elas e para o bebês e de quebra conscientização e autoestima:

a) Continue a cultivar os hábitos saudáveis de alimentação que procurou ter durante a gravidez. Mantenha uma dieta rica em grãos e cereais integrais, frutas e verduras, e alimentos que sejam boas fontes de proteínas, cálcio e ferro. É claro que uma guloseima de vez em quando não faz mal a ninguém. 

b) Logo após o parto toda mulher terá uma diástase reto abdominal [afastamento do músculo] visível de 2 a 3 cm que pode ocorrer acima ou abaixo do umbigo. Esta diástase não causa problemas para mulher e mesmo depois de reabilitados os músculos ficarão separados entre 1,5 a 2 cm. O importante nestes casos é manter os músculos retos, mesmo que ainda estejam com essa pequena abertura.

c) Exercícios físicos com fisioterapeuta ou educadores físicos especializados tendem a ter bons resultados, tanto esteticamente, como para as possíveis dores nas costas ocasionadas pelo enfraquecimento do músculo abdominal. Além disso auxiliam na perda de peso e melhora o humor.



Fontes: 

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Sobre nozes...



Desde que a Júlia nasceu eu sempre quis fazer um diário com relatos das nossas vivências, mas fui sempre adiando até o dia que percebi que eu já escrevia esses relatos na redes sociais ou em emails, só precisava  organizar e formalizar, então, aqui estou: a mãe da Júlia, escrevendo as Coisas da Meninazinha.

Sobre o formato do diário, é bom especificar, que como desejo expressar nossos momentos de forma autêntica, nem sempre seguirei uma ordem cronológica linear - pois isso me obrigaria a escrever sobre o passado sem senti-lo - desse modo, darei preferência aos meus sentimentos, ou seja, os relatos e recados atuais serão intercalados por lembranças: idéias, alegrias, sonhos, surpresas, dúvidas, dificuldades.. enfim, histórias que já não cabem mais somente em mim.