Descrição

Descrição

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

LORD E EU: Uma História de Respeito e Amizade

Quem tem animais de estimação, bem sabe os sentimentos íntegros e genuínos que essas criaturinhas são capazes de nos ensinar... eu sei muito bem, pois ao longo de minha vida aprendi que quando eu era mal criada e ficava de castigo, poderia até parecer que ninguém estava ao meu lado, mas tinha um certo cachorrinho que corria para o meu lado e escutava o meu choro e minhas lamentações "infantilmente infundadas", mas concordando com tudo! Mais tarde eu descobri que nenhuma amigo pode ser substituido por outro. Quando meu fiel companheiro, Sheique, desapareceu da minha casa e meus pais [com as melhores intenções] tentaram substituí-lo por uma cachorrinha, muito parecida fisicamente, eu até imaginei que tudo seria igual, mas logo vi que não. Depois vieram outros: Lobão, meu companheiro de brincadeiras; Rex, meu defensor; Rintintim, meu amigo atrapalhado; Susi, Sherlock e Sharlom, Nicole, amor sem fim, dedicação, cuidado e alegria.



Enfim, muitos outros passaram por minha vida e por fim Tifany e Lord, as duas crianças da casa. Duas, até a chegada de uma terceira, a meninazinha... e quanta surpresas essas duas pecinhas nos pregaram, sempre desajeitados e trapalhões, pareciam andar pisando em ovos quando perto do bebê que tinha chegado - sabiam, eles a necessidade de tanta delicadeza? Sedendo, espontaneamente, espaços e brinquedos antes ocupados e usados somente por ele - quem diria que a bravinha Tifany Deixaria alguém tirar da sua boca seu brinquedo favorito? E quem diria que o rei do quarto Amarelo Lord deixaria seu quartinho para a princesinha que chegava, alegrando-se mais em observar seu sono por horas a fio e alertar a casa quando ela chorava [nem precisei de babá eletrônica]. E com o tempo a dedicação e vontade de estar juntos só crescia: aprendendo a sentar, aprendendo a andar, nas brincadeiras, despertando cuidados, sendo companheiro, ensinando que nem sempre o amigo pode estar disponível, ensinando o que é saudade e, especialmente a alegria do reencontro.




Assim como aconteceu comigo, Júlia teve o prazer de conhecer as alegrias e dores desse amor, logo, com menos que 2 aninhos, ela teve que se despedir da Tifany, mas até hoje não a esqueceu e vez ou outra lembra com alegria os momentos que passaram juntas, como quando ela, mesmo tão pequena, ajudava a levar a Titi para fazer xixi no jardim, e diz orgulhosa "eu cuidava da Titi" - é que a Tifany, já doentinha, precisava de ajuda para conseguir chegar ao jardim. Mas a jornada continuou e continua até hoje com o seu melhor amigo Lord - brincando ou brigando, acertando ou errando, o que importa é que os dois se adoram, como dois verdadeiros amigos e além de todo aprendizado psicomotor e motivacional que essa amizade trouxe para a meninazinha, o mais importante foi o desenvolvimento das competências necessárias para o desenvolvimento e manutenção de uma grande amizade: tolerância, companheirismo, admiração, generosidade, desprendimento e acima de tudo a capacidade de amar!!!



quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Pós-parto e autoimagem: será que eu sou normal?

É meio clichê e parece demagogia dizer que, quando fui mãe, eu senti um milhão de emoções, mas é a verdade! Senti alegria, realização, orgulho, medo, angustia, tristeza, raiva.. e muitos outros sentimentos que eu nem saberia nomear. Claro, o fato de a gente sentir que pode fazer outra pessoa, mexe muito com a gente; de que essa pessoinha é um pedaço de nós, de que a partir de agora você terá essa responsabilidade e esse prazer; que você tem que abdicar ou adiar de coisas que pareciam básicas [como dormir] ou mais complexas [como um plano de estudo]... isso tudo mexe muito com a gente, porém existe um elemento que não deveria ter mexido tanto e que para mim foi complicado: o corpo!

Não é exagero dizer que quando saí da maternidade me senti meio "estranha" com aquela barriga enorme. Mas como assim? Se até dois dias atrás eu tinha um bebê dentro da barriga, como eu achava que ia sair de lá? Bom, aí é que tá.. eu achava que ia sair como as "celebridades" fazem questão de se mostrar: magras, sem barriga e lindas! Não bastasse essa distorção no conceito de imagem corporal produzida pela mídia e absorvida por boa parte das pessoas - inclusive por mim; eu ainda tive que enfrentar comentários tipo "nossa como sua barriga está grande", "a barriga da minha prima não ficou assim", "você viu como está a barriga da Claudia Leite?" e etc...

Bom, não preciso falar sobre os aspectos fúteis da cultura pop amplamente divulgada e valorizada pelas massas; nem de como a mídia manipula esses aspectos favorecendo-se da perpetuação da ignorância popular; mas quero expor que a ampla divulgação dessa cultura, ainda que não influencie diretamente até as pessoas um pouquinho mais informadas, consegue atingi-las indiretamente, através dos padrões de estética e comportamento implantados, seguidos e tidos como corretos e únicos.

Claro que não muito tarde [poucos meses depois], fui imersa por tantas questões mais relevantes [como a minha saúde e a da minha filha] que antes que eu percebesse, essa preocupação já havia se dissipado. Porém, ela deixou marcas, e as mais profundas, me remetem a um sentimento de que eu não curti os primeiros meses do pós-parto assim como eu [e minha filha] merecíamos e deveríamos, pois sofri com mudanças de humor em virtude dos hormônios (claro), mas também em virtude da minha autopercepção - aspecto que foi muito intenso e reforçado por pessoas, inclusive por pessoas próximas [esclarecidas, intelectualizadas e etc].

Por fim, vou deixar claro, que não sou nenhuma "maria vai com as outras fazer quadradinho de quatro", mas também não sou nenhuma "santa inquisição personificada", só sou apenas uma pessoa normal, que estuda, trabalha, vai à feira e ao shopping, escuta, vê, fala e sente. Não sou contra uma coisa e a favor de outra, ao contrário, sou a favor de tudo, de toda forma de expressão artística e publicitária mas que seja feita com mediação, favorecendo a diversidade [meeeesssssmoooo] e a exposição de forma ética e verdadeira.


E para fechar esse post, eu não poderia deixar de comentar a foto que o ilustra e deixar algumas dicas:

Na foto, a Princesa Kate, linda, ética, consciente, enfim um modelo real, mostrando coisas da vida normal.

Quanto às dicas referem à tópicos pesquisados por mim e que servem de apoio para grávidas e mamães recentes garantirem uma boa saúde para elas e para o bebês e de quebra conscientização e autoestima:

a) Continue a cultivar os hábitos saudáveis de alimentação que procurou ter durante a gravidez. Mantenha uma dieta rica em grãos e cereais integrais, frutas e verduras, e alimentos que sejam boas fontes de proteínas, cálcio e ferro. É claro que uma guloseima de vez em quando não faz mal a ninguém. 

b) Logo após o parto toda mulher terá uma diástase reto abdominal [afastamento do músculo] visível de 2 a 3 cm que pode ocorrer acima ou abaixo do umbigo. Esta diástase não causa problemas para mulher e mesmo depois de reabilitados os músculos ficarão separados entre 1,5 a 2 cm. O importante nestes casos é manter os músculos retos, mesmo que ainda estejam com essa pequena abertura.

c) Exercícios físicos com fisioterapeuta ou educadores físicos especializados tendem a ter bons resultados, tanto esteticamente, como para as possíveis dores nas costas ocasionadas pelo enfraquecimento do músculo abdominal. Além disso auxiliam na perda de peso e melhora o humor.



Fontes: